quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Comentarista cobra Fifa: tecnologia vale no tribunal, mas não em campo


O comentarista da Rádio CBN, Carlos Eduardo Éboli, o uso de imagens de televisão e outras tecnologias no futebol é incoerente. O jornalista, inclusive, acredita que a Fifa precisa mudar as regras para o uso de recursos externos no futebol. Na sua opinião, enquanto os árbitros não podem contar com ajuda tecnológica, os tribunais a usam para influenciar o resultado dos campeonatos.


- Acho estranho que a Fifa não se manifestar. Em vários momentos, a tecnologia vai ajudar a arbitragem. Só a Fifa não enxerga. Todo mundo analisa a arbitragem com tecnologia. O STJD coloca asterisco usando a tecnologia, imagens de televisão. Como a tecnologia entra no julgamento e não entra na partida? O jogo termina em campo, mas só acaba no Tribunal. O STJD está esvaziando as arbitragens. É uma incoerência generalizada - disse o comentarista, no desta quarta.


barcos Internacional X Palmeiras (Foto: Renan Olaz/Futura Press/Agência Estado)Gol anulado de Barcos será discutido no STJD (Foto: Renan Olaz/Futura Press/Agência Estado)


Citando o polêmico gol do palmeirense Barcos, com a mão, contra o Internacional , no sábado, Carlos Eduardo Éboli afirma que a anulação da jogada foi justa, e isso é mais importante do que a discussão de onde teria vindo a informação, do delegado da partida ou do quarto árbitro.


- A moral está acima da regra. Há um outro time, o Inter, que não pode ser prejudicado. Não há prova concreta de que houve informação externa. Acho ótimo que o erro tenha sido corrigido. Seria um erro grosseiro validar um gol com a mão. Agora vão discutir no tribunal se o gol irregular devia ou não ser anulado. É imoral. Não podemos achar que o futebol é um mundo à parte da sociedade, onde vale tudo para vencer.


Para o colunista Chico Maia, dos jornais "O Tempo" e "Super Notícia", o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) poderia se recusar a julgar o recurso do Palmeiras . Ao debater a decisão do árbitro Francisco Carlos Nascimento, o tribunal estaria diminuindo a importância da arbitragem.


- O STJD tem a prerrogativa de não aceitar a denúncia do Palmeiras. Neste caso, o árbitro escreveu na súmula que não houve nada de anormal naquela partida. Vai rasgar a súmula da partida? O futebol move milhões de pessoas mundo afora. Já passou da hora de termos uma Justiça Desportiva mais simples e mais séria.