terça-feira, 18 de junho de 2013

Sócios e imprensa são barrados em reunião sobre negociação de Neymar


Sócios, funcionários do Santos e a imprensa foram impedidos de participar da reunião do Conselho Deliberativo do Clube na noite desta terça--feira, na Vila Belmiro. A expectativa da reunião era grande, justamente porque o Conselho Fiscal do clube iria apresentar a todos os números sobre a venda de Neymar.


- Voltou a ditadura. É uma palhaçada. Uma ditadura. Em 101 anos de Santos, jamais aconteceu isso – reclamou o sócio Marco Antonio Figueiredo.


Reunião - Conselhor - Santos (Foto: Fernando Prandi)Sócios reclamam de conselheiros que não permitiram acesso à reunião sobre Neymar (Foto: Fernando Prandi)


- Sou sócio e fui convidado por um conselheiro, conforme manda o estatuto. Eu sempre venho para as reuniões e nunca teve problema. É um absurdo! Tive que ficar em uma sala, para depois saber que não poderia entrar. No momento em que o país mostra a força da democracia, o Santos é espelho da ditadura – afirmou advogado e também sócio do Peixe Leandro Weissmann.


O clube possui 300 conselheiros. A reunião contou com cerca de 260 deles e, antes dos assuntos serem colocados em pauta, foi feita uma votação, na qual as pessoas a favor da entrada dos sócios, da imprensa e funcionários do clube se levantassem.


- A votação foi apertada. Mas, mesmo sem uma contagem mais rigorosa, chegou-se à conclusão de que os favoráveis a não permitir a entrada dos não conselheiros era maioria – afirmou uma pessoa que estava na reunião.


O interesse pelo esclarecimento do valor da venda de Neymar é grande, uma vez que o Santos não revelou por quanto negociou o craque com Barcelona. A alegação é que os termos da venda são sigilosos. Enquanto isso, o clube catalão divulgou que investiu € 57 milhões na contratação.


Os direitos de Neymar eram divididos em 55% do Santos, 40% da DIS (grupo de investidores que não possui bom relacionamento com o Santos) e 5% da Teisa (empresários ligados a diretoria do Peixe.