Vinícius Prates, ao lado de Leandro Damião (Foto: Reprodução / Instagram)
A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 2,5 milhões do Santos para o pagamento de comissões ao agente Vinicius Prates, empresário do atacante Leandro Damião , hoje emprestado ao Cruzeiro. A decisão, da 8ª Vara Cível de Santos, foi publicada no último dia 19.
O clube tentou oferecer o CT Meninos da Vila, utilizado pelas categorias de base, para penhora, mas o tribunal preferiu acolher pedido do agente para interdição de ativos financeiros. O montante bloqueado é de R$ 2.530.688,82.
Procurados, tanto Prates como seu advogado, Marcelo Mastrogiacomo Karan, se recusaram a falar sobre o assunto. A reportagem também tentou contato com representantes do departamento jurídico do clube, sem sucesso.
A decisão marca mais um capítulo da tortuosa relação entre os dirigentes da Vila Belmiro e o atacante Leandro Damião e seu estafe. Na próxima segunda-feira todos devem se encontrar em audiência no Tribunal do Trabalho para discussão do processo em que o jogador pede a rescisão de seu contrato por causa de atrasos nos salários.
Damião chegou ao Santos no começo de 2014, em acerto de 13 milhões de euros (cerca de R$ 42 milhões, à época) financiados pelo fundo de investimentos Doyen. Após má temporada com a camisa alvinegra, foi emprestado ao Cruzeiro até o final de 2015.
Em janeiro, porém, buscou a Justiça para se desvincular do clube pelos pagamentos vencidos – a diretoria admitia, em meio a grave crise financeira, dever três meses e outros benefícios. Na ação, o atleta anexou um polêmico atestado de pobreza – apesar de ter contrato que estima vencimentos de R$ 650 mil por mês – e, além de não conseguir uma liminar até hoje, ainda foi condenado por má-fé. O processo gerou uma investigação do Ministério Público Federal por indícios de crime de falsidade ideológica que foi arquivada.