O Santos liderava o Grupo 4 do Paulistão, mas Enderson Moreira foi demitido pela diretoria alvinegra, descontente com a maneira como o treinador conduzia o dia a dia da equipe, em especial o trabalho de formação dos mais jovens do elenco. Sem o técnico, coube ao auxiliar Marcelo Fernandes comandar o Peixe de forma interina, em Ribeirão Preto, diante do Botafogo. E o auxiliar do auxiliar era ilustre: Serginho Chulapa.
Com o lendário centroavante berrando à beira do campo, o Santos manteve a boa fase e venceu por 3 a 0, com dois gols de Ricardo Oliveira e um de Werley. O atual camisa 9 vinha num momento conturbado - não marcava havia cinco partidas.
Veja abaixo um resumo da vitória do Santos:
O Santos dominava o jogo, mas os atacantes pouco faziam para abrir o placar no estádio Santa Cruz. Um zagueiro foi lá e resolveu. Werley aproveitou o desvio de Ricardo Oliveira em cobrança de escanteio e concluiu para fazer 1 a 0. Foi o primeiro gol do camisa 2 pela equipe.
O gol do Peixe acordou o Botafogo, que partiu para cima para tentar empatar o duelo. Rodrigo Andrade tabelou com André Santos, mas não conseguiu aproveitar a "assistência" de Werley.
Sem Enderson Moreira, Marcelo Fernandes foi alçado ao posto de técnico interino do Santos. E ganhou um auxiliar de peso: Serginho Chulapa. Ídolo histórico do Peixe, o ex-atacante foi à beira do campo para dar seus pitacos e ajudar o colega na organização do time alvinegro.
Gabriel recebeu no meio de campo e lançou a bola para o ataque. Ricardo Oliveira e Geuvânio partiram para receber, e o camisa 9 ficou ela. A arbitragem viu impedimento e anulou a jogada. Se o centroavante tivesse deixado para o colega...
Se foi fominha no lance anterior, Ricardo Oliveira depois justificou o comportamento. Recebeu passe preciso de Lucas Lima dentro da área e bateu firme, rasteiro, para fazer 2 a 0.
Vanderlei teve pouquíssimo trabalho em Ribeiro Preto. Mas, quando foi acionado, demonstrou bons reflexos. Em cobrança de falta da direita, Rodrigo Andrade cruzou e Bruno Costa cabeceou. O camisa 1 do Peixe fez ótima defesa, mas o lance já tinha sido paralisado por impedimento.
Desde de sua chegada ao Santos, Ricardo Oliveira só tinha marcado um gol, contra o RB Brasil. Alguma cornetas já soavam e o atacante mantinha o discurso de confiança, na linha do "eu me garanto". No último minuto do jogo, mostrou o oportunismo típico de um camisa 9, anotou o terceiro gol do time e fortaleceu seus argumentos para continuar como titular do Peixe.