segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Felipe Anderson contraria Ganso e diz que prefere fazer gols a dar passes


Alyson Gonçalo e Bruno Cassucci - 15/10/2012 - 19:52 Santos (SP)


Felipe Anderson do Santos - (Foto: Ricardo Saibun)


O meia Felipe Anderson não esconde a alegria pelo bom momento vivido no Santos, mas tem na ponta da língua o que ainda precisa fazer: gols. Em 46 jogos nessa temporada, ele só marcou quatro vezes, número que considera muito baixo para um meia.


Diferentemente do amigo Ganso, com quem jogou até dois meses atrás, o novo camisa 10 do Peixe afirma que prefere fazer gols a dar assistências para os outros marcarem.


- Falta fazer gols, né? Às vezes, dou assistência e o atacante não aproveita, então é importante marcar gols, vou treinar mais finalização, sei que preciso estar preparado para ajudar ainda mais a equipe. Prefiro mais fazer os gols a dar passes, porque assim ajudo a equipe diretamente. Mas, se eu der a assistência e o atacante fizer também está ótimo. O importante é ajudar o time - disso o jogador, em entrevista exclusiva, cuja íntegra você confere na edição de terça-feira do diário LANCE!.


O jovem, de 16 anos, aponta o duelo contra o Sport, dia 27 de maio, no primeiro turno do Brasileirão, como um marco na carreira. Naquele jogo, ele foi vaiado por parte da torcida e foi duramente criticado pelo técnico Muricy Ramalho, que o chamou de "eterna promessa".


Como o treinador entendia que o problema de Felipe Anderson não era técnico, mas emocional, o clube sugeriu que o jogador se consultasse com a psicóloga Juliane Fechio. Ele aceitou e atribui a ela boa parte de sua melhora em campo.


– As conversas com ela ajudaram muito. Conseguiu assimilar as dicas dela, do professor Muricy e da minha família. Mudei minha postura dentro de campo e fora dele, hoje sou diferente. Agora é trabalhar forte para manter isso e seguir brilhando – disse o jogador, que apresentava falta de confiança.


– O trabalho é com todos os jogadores, mas depois do jogo contra o Sport, em que fui vaiado, comecei a ir mais vezes. Ela está lá para nos ajudar e me auxiliou. Tenho ido bastante e vou continuar – disse.


Muricy dizia que o meia precisava se soltar para mostrar sua qualidade técnica em campo. O comandante alvinegro também elogia a consciência tática do jovem e tem se referido a ele como peça importante. Felipe Anderson assume que ficou chateado com as vaias da torcida, mas hoje afirma que soube usar o fato como aprendizado.