A boa atuação de Neymar na vitória do Brasil sobre o Japão nesta terça-feira levantou uma discussão sobre o potencial do atacante na Seleção. Homem de confiança do técnico Mano Menezes, a expectativa, para o comentarista Wagner Villaron, é que ele venha a ser o principal jogador da equipe, sendo decisivo contra grandes adversários, como é no Santos.
A preocupação urgente de Mano Menezes, no entanto, não é com Neymar, segundo o comentarista. Desde que assumiu o comando da Seleção e, sobretudo após a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, o técnico tenta formar a equipe ideal para a Copa do Mundo de 2014. E a estratégia dele é não sobrecarregar demais o jogo da Seleção em cima do atacante santista.
- Primeiro o Mano está ajeitando o time para não ficar uma "Neymardependência" como acontece no Santos e na seleção portuguesa com o Cristiano Ronaldo. O trabalho com o Neymar é um próximo desafio, para tirar proveito do talento dele, mas com o time já montado atrás. No dia em que ele não estiver bem, como fatalmente vai acontecer, você tem Oscar, Kaká, Hulk para resolver - afirma Villaron.
Neymar brilhou contra o Japão, marcando dois gols, um deles de pênalti (Foto: AFP)
O Brasil vive uma seca de grandes jogadores que puxem a responsabilidade para si e que sejam "os caras" da equipe. Para Villaron, mesmo após a partida contra o Japão, Neymar ainda não mostrou na Seleção tudo o que sabe. O comentarista espera que o atacante se transforme em um jogador-chave sob o comando de Mano Menezes, mas falta ao treinador oferecer algo a mais para o jovem.
- Se a gente analisar o potencial do Neymar, ele pode ser mais que um grande jogador, ele é um fora de série. Ele fez dois gols, mas não sinto que na Seleção ele esteja tão à vontade quanto no Santos. O próximo passo do Mano depois de ajustar a equipe é dar ao Neymar a confiança ou a sensação de ficar à vontade para brilhar como brilha no Santos - acredita Vilaron.
O próximo desafio da seleção brasileira será contra a Colômbia, no dia 14 de novembro, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Depois disso, no dia 21, com um time formado apenas por jogadores que atuam no Brasil, a Seleção faz a decisão do Superclássico das Américas com a Argentina, em La Bombonera, em Buenos Aires.
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