Pepe diz que Neymar seria reserva no Peixe de Pelé
(Foto: Lincoln Chaves / Globoesporte.com)
Gilmar, Lima, Mauro, Dalmo e Calvet; Zito e Mengálvio; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Com algumas adaptações necessárias à medida que a década de 60 avançou, esta foi a escalação daquele que é considerado um dos maiores times de futebol em todos os tempos: o Santos da era Pelé. Uma equipe que arrebatou dois Mundiais Interclubes, duas Libertadores e seis Brasileiros (cinco Taças Brasil e um Torneio Roberto Gomes Pedrosa), além de vários títulos estaduais e internacionais.
Mesmo assim, teria essa geração espaço para Neymar , principal nome do Santos e do futebol brasileiro na atualidade? Para o ex-ponta-esquerda Pepe, sim. Mas apenas no segundo tempo.
- Não sei no lugar de quem, mas talvez o Neymar entrasse no segundo tempo (risos). Aquele ataque com Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe ficou marcado. Mas o Neymar tem muito futebol e qualidade. Seria uma briga boa para ele tirar a minha posição na esquerda (risos). É um jogador de quem sou fã desde a base. Ele e o Messi são os melhores da atualidade - destacou Pepe, durante uma homenagem aos campeões mundiais interclubes de 1962, no Memorial das Conquistas do clube, na última quinta-feira: o título histórico está completando 50 anos.
Pepe, por sua vez, se mostra preocupado com a dependência do Santos do seu principal jogador – a vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, na quarta-feira, foi apenas a primeira do Peixe longe de casa sem que o atacante estivesse em campo.
- O Santos perdeu o (Paulo Henrique) Ganso, que é um camisa 10 excepcional, e falta companhia ao Neymar. Sobra tudo para ele. - analisou.
Lima defende Neymar entre “titulares”
Se Pepe vê dificuldades em uma hipotética escalação de Neymar entre os titulares do Santos dos anos 60, Lima já é menos receoso. Para o “Curinga da Vila”, devido à sequência de jogos que a equipe fazia durante o ano - principalmente no exterior - não seria absurdo imaginar o atacante começando algumas partidas ao lado dos demais ídolos da geração de Pelé.
- Ele poderia ser até titular, por que não? Era um time que jogava bastante, em muitos países, e que precisaria de um banco fantástico. Eu gostaria muito de jogar com o “Magrelo” (risos). Seria sensacional se ele pudesse ter feito parte daquele grupo. Acho até que ele se adaptaria mais àquele time do que ao atual. Tínhamos o estilo de jogo dele, a forma meio “moleque” de jogar. Seria um reforço tremendo! - exaltou.