domingo, 7 de julho de 2013

Mesmo cauteloso, Claudinei destaca: 'Na minha carteira, não diz interino'


Claudinei Oliveira chegou ao Morumbi neste domingo como treinador do Santos, embora ainda rotulado como interino, devido às recentes buscas da diretoria por um técnico mais experiente. Após a vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo (veja os melhores momentos no vídeo ao lado) , pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, o comandante garantiu que não se vê como temporário na função e agradeceu ao apoio dado pelo elenco, que tem defendido abertamente sua sequência no cargo. Ele, no entanto, evita traçar prognósticos sobre uma possível continuidade e não vê com maus olhos, por exemplo, seguir os passos de Milton Cruz, que é auxiliar permanente do Tricolor.


- Sou o treinador. Na minha carteira (de trabalho), não está "técnico interino", mas técnico. Meu trabalho é que pode me credenciar (a ter sequência). Eu até agradeço que os atletas peçam minha permanência, mas isso só vai acontecer com trabalho, dentro de campo. Tenho de pensar em coisas maiores, mas não posso atropelar os planos do clube - declara.


- Há dez anos, abri uma escolinha (de futebol) em Araras (interior de São Paulo) e jamais imaginei estar aqui. Tudo que fiz na minha vida foi com honestidade, e talvez isso tenha me trazido aqui. Por enquanto, não tenho esse cargo (auxiliar permanente), como o Milton. Se um dia a diretoria falar (para assumir a função), sei que vou ajudar quando for preciso. Não é questão de ser cauteloso, mas de ser realista - emenda.


Claudinei São Paulo x Santos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Contra o Tricolor, Claudinei levou Peixe à segunda vitória no Brasileiro (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)


A vitória sobre o São Paulo foi a segunda de Claudinei no comando do Santos, em quatro partidas. O resultado fez com que o Alvinegro se afastasse das últimas posições e chegasse a oito pontos no Brasileirão. O treinador do Peixe aponta uma evolução da equipe no aspecto tático, mas credita o triunfo no Morumbi aos jogadores. Além disso, ele afirma que não pensa que os três pontos garantam sua permanência no cargo.


- O posicionamento melhorou. Trabalhamos a marcação sob pressão. Passei aos jogadores que o São Paulo é um time atípico, que tem um goleiro de qualidade e que não adiantava marcar pressão o tempo todo. O mérito (do resultado) é dos jogadores, 70% ou 80 % deles - avalia.



- Nenhum treinador que está trabalhando hoje sabe até quando vai permanecer. O Ney (Franco) estava empregado até semana passada, por exemplo. O Odílio (Rodrigues, vice-presidente) me colocou que, no momento que o Santos fosse atrás de outro técnico, eu seria o primeiro a saber. Não me sinto mais ou menos seguro que outro técnico porque a cultura do Brasil - conclui.


Com ou sem Claudinei à frente do time, o Santos volta a campo na quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), contra o Crac-GO, na Vila Belmiro, pela terceira fase da Copa do Brasil. No sábado, às 18h30m (de Brasília), o adversário será a Portuguesa, também na Vila, pela sétima rodada do Brasileirão.