segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Antes de clássico, Peixe terá primeira semana cheia depois de três meses


Há exatos três meses, o Santos entrou em campo para enfrentar o Coritiba, na Vila Belmiro, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Foi o início de uma maratona que só acabou no último sábado, com a goleada por 5 a 1 sobre o Náutico, na Arena Pernambuco, pela 30ª rodada da competição. No período, 27 jogos foram disputados, dentre eles o amistoso com o Barcelona, na Espanha – que, aliás, obrigou o Peixe a encarar, em meio à sequência, uma série de quatro partidas em nove dias.


Não é só o treinador Claudinei Oliveira que celebra o fim da maratona, às portas do clássico com o Corinthians, neste domingo, às 16h (de Brasília), em Araraquara (SP), pela 31ª rodada do Brasileirão. A semana livre também é comemorada pela comissão técnica, que prepara um esquema de trabalho diferenciado. A ideia é prevenir lesões na reta final do ano, quando a musculatura dos jogadores já está mais comprometida, e realizar atividades específicas com cada atleta do elenco.


- Quando se joga duas vezes por semana, o período entre um jogo e outro não é o suficiente para uma recuperação plena. Isso, além de comprometer o rendimento, deixa o atleta mais propenso a lesões – resume o fisiologista Luiz Fernando Barros.


Meia Montillo Santos treino (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)Montillo será submetido a trabalho muscular específico (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)


O elenco se reapresenta nesta terça-feira à tarde, no CT Rei Pelé, após dois dias de folga. De acordo com o preparador físico Ricardo Rosa, os santistas serão divididos em três grupos: titulares, reservas e jogadores que não têm sido relacionados. Na quarta e na quinta-feira, os treinos serão realizados em dois períodos. Além disso, segundo Rosa, cada atleta receberá uma atenção especial, conforme a necessidade.


- O Montillo, por exemplo, terá uma atenção maior na parte muscular. Outros jogadores receberão um cuidado maior na parte da velocidade, da agilidade. Enfim, nós vamos individualizar o trabalho com os atletas, pois cada um passa por uma situação diferente. Alguns estão com mais ritmo de jogo, outros menos – explica.



A preocupação se justifica. Desde janeiro, apenas cinco jogadores sofreram lesões musculares no elenco. Quatro, no entanto, contundiram-se justamente nos últimos três meses. Dentre eles, titulares como Montillo e Arouca. O volante ficou um mês longe dos gramados, entre 11 de agosto e 15 de setembro (10 jogos), por uma contusão na coxa direita. Já o meia desfalcou o Peixe em nove jogos, de 21 de agosto a 18 de setembro (coxa esquerda), e entre 26 de setembro e 13 de outubro (panturrilha direita).


- Ao longo desses 90 dias, comprovou-se o efeito de dois jogos na mesma semana em relação a lesões musculares. Cinco contusões em dez meses é um número baixo, ainda mais por quatro delas terem ocorrido nesse período (Renê Júnior e Alan Santos também sofreram lesões). Temos feito um trabalho de prevenção que ajudou o Claudinei, deixando a maior parte do elenco sempre à disposição dele. Mas, provavelmente, não teríamos muitas dessas lesões se não fosse essa sequência de jogos – conclui Rosa.