terça-feira, 16 de outubro de 2012

Ex-Santos, pode provocar Leilão da Sede do Paysandu por R$ 11 milhões


Arinélson na época que atuava pelo Paysandu (Foto: Ary Souza/O Liberal)Arinélson na época que atuava pelo Paysandu (Foto: Ary Souza/O Liberal)


Na semana que pode garantir vaga à próxima fase da Série C do Brasileiro, o Paysandu foi envolvido em uma péssima notícia fora dos gramados. No próximo dia 5 de novembro, a 6º Vara do Trabalho de Belém, a mando do Dr. João Carlos de Oliveira Martins, vai levar para Leilão a Sede Social do Paysandu, que fica localizada no centro da capital paraense, local avaliado em R$ 11.227.139,30.


O GLOBOESPORTE.COM teve acesso ao Edital de Praça, que foi publicado no dia 8 de outubro, mas que só veio à tona esta semana, motivado pela ação do ex-jogador Arinélson, ex-Santos, que assinou contrato com o Paysandu no início da temporada 2004.


Arinélson tem mais de R$ 4 milhões para receber do Paysandu (Foto: Ary Souza/O Liberal)Arinélson tem mais de R$ 4 milhões para receber

do Paysandu (Foto: Ary Souza/O Liberal)


Segundo o documento, o espaço com 22 metros de frente e 134m de fundos, que tem como Fiel Depositário o ex-presidente do clube, Arthur Guedes Tourinho, tem uma dívida de R$ 8.366,20 referente a taxa de Resíduo Sólido e Urbanização, imposto cobrado pela Prefeitura de Belém.


Conforme as regras, o patrimônio bicolor pode ser arrematado de forma parcelada, desde que o interessado garanta o lance com 20% do seu valor. O início do Leilão está marcado para 11h, no dia 5 de novembro.


Entenda a história entre Paysandu e Arinélson


Arinélson Freire Nunes, atualmente com 39 anos, teve seu contrato registrado pelo Paysandu, na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no dia 6 de janeiro de 2004, ganhando R$ 6 mil por mês. Atuou em uma única partida, na estreia do Campeonato Paraense, contra o Remo, no dia 25 de janeiro, sendo substituído, aos 17 minutos do segundo tempo, pelo volante Bebeto Campos. O Remo venceu o jogo por 1 a 0, gol do ex-meia Gian.


Nessa partida, comandado pelo treinador Heron Ferreira, o Paysandu atuou com Luciano; Rogério Souza (Lecheva), Alex Pinho, Flávio Tanajura e Souza; Júlio Santos, Alexandre Pinho, Jóbson e Arinélson (Bebeto Campos); Maurílio e Selmir (Zé Augusto).


Arinélson atuou por Remo e Tuna também (Foto: Ary Souza/O Liberal)Arinélson atuou por Remo e Tuna também (Foto:

Ary Souza/O Liberal)


Já no dia 13 de abril do mesmo ano, 98 dias depois, o jogador teve seu contrato rescindido ao ser dispensado um dia antes pelo treinador Artur Neto, juntamente com o zagueiro Flávio Camaçari, os meias Bironga, Bruno, Tácio, Fabinho e Arinélson, os laterais Tiago e Moura e os atacantes Marcelo Sander e Cléo.


Quase quatro meses e meio depois, mas precisamente no dia 24 de agosto, Arinélson, através do advogado Henrique Cezar Santos Lobato, deu entrada no Tribunal Regional do Trabalho em uma ação (processo número 1403.2004-14-08-00) contra o Paysandu, representado pela doutora Izilene Lopes Ferreira (nome que consta no processo), pedindo, entre outras coisas, o valor da multa rescisória de R$ 1,8 milhão, devido quebra de contrato.


A primeira audiência aconteceu no dia 23 de setembro de 2004, e no dia 11 de outubro de 2004, o ex-meia teve ganho de causa parcial, com o Paysandu, em seguida, sendo obrigado a pagar a quantia de R$ 64.032,00.


Nem Arinélson, nem Paysandu concordaram com a sentença e o processo foi para uma das turmas do Tribunal Regional do Trabalho e posteriormente ao Tribunal Superior do Trabalho (processo número 0099100-87.2005.5.08.0006), em Brasília, sendo que o clube paraense passou a ser defendido pelo advogado Jader Kahwage David.


Arinélson atuou 98 dias pelo Paysandu (Foto: Ary Souza/O Liberal)Arinélson atuou 98 dias pelo Paysandu (Foto: Ary Souza/O Liberal)