Bruno Cassucci e Guilherme Amaro - 19/10/2013 - 08:01 São Paulo (SP)
A nove pontos do G4, o Santos precisa de uma boa sequência para conquistar uma vaga para a Libertadores da América do ano que vem. No elenco alvinegro, dois jogadores sabem muito bem como tem de ser a arrancada no Brasileirão: Arouca e Cícero, titulares do Fluminense em 2007, quando o time carioca garantiu o quarto lugar na tabela apenas na última rodada do campeonato.
No ambiente nas Laranjeiras, contudo, não havia a pressão de ficar com uma vaga para a Libertadores, já que o time carioca havia sido campeão da Copa do Brasil. Apesar de ressaltar essa diferença, Arouca e Cícero confiam que o Peixe pode conseguir o mesmo feito.
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– Temos trabalhado muito para que isso aconteça. O time se encontrou no decorrer da competição, mas agora, se continuarmos em um bom ritmo e conseguirmos uma boa sequência de vitórias, podemos chegar lá. Ainda está tudo muito embolado no campeonato e a diferença de pontos para os primeiros colocados pode ser revertida – disse Arouca, ao L!Net.
O Peixe tem neste sábado a chance de dar um passo importante rumo aos primeiros colocados. Afinal, a equipe do técnico Claudinei Oliveira enfrenta o lanterna Náutico, a partir das 18h30, na Arena Pernambuco.
– Espero que isso (emplacar uma arrancada) aconteça a partir desse jogo contra o Náutico. Uma vitória pode deixar a gente muito bem na tabela para alcançar esse objetivo – afirmou Cícero, ao L!Net.
O Fluminense de 2007 sofria do mesmo mal do Santos deste ano: a oscilação. Nos últimos nove jogos, porém, o time carioca conquistou 17 pontos (cinco vitórias, dois empates e outras duas derrotas, com um aproveitamento de 60,7%). Na 29ª rodada, a equipe estava em sexto lugar, a quatro pontos do G4, diferença até maior que os três pontos de agora do Peixe para o G5, posição que pode dar a classificação. O sonho é possível, mas o Santos precisa arrancar.
Confira o bate-bola com Arouca:
Quais as diferenças e semelhanças entre este Santos e aquele Flu?
A principal semelhança é que, a exemplo desse time do Santos, o Fluminense também tinha bastante gente da base. No meio tínhamos um armador bastante incisivo, o Thiago Neves, e aqui temos o Montillo. Apesar de funções diferentes, eles são caras que preocupam as zagas e chegam com facilidade à área para chutar. Quanto aos times, eram muito diferentes, principalmente pelas características dos jogadores.
O que foi determinante em 2007?
Acho que o foco que tivemos para reverter aquela situação difícil foi o que mais pesou para conseguirmos. Quando todo mundo achava que seria um ano desastroso, conseguimos dar a volta por cima.
Por que o Santos ainda não embalou neste Brasileirão?
Demoramos um pouco para encontrar nosso melhor jogo porque o time sofreu com a saída de jogadores importantes e também com lesões. Graças a Deus, estamos no rumo certo agora. O elenco jovem não prejudica. Claro que ainda não estão prontos, mas em um estágio bacana para entrar na equipe.
Confira o bate-bola com Cícero:
Quais as diferenças e semelhanças entre o Fluminense de 2007 e o Santos deste ano?
Cada um tinha a suas características, a gente no Flu tinha um grupo muito forte naquele ano, tanto que fomos campeões da Copa do Brasil. Essa arrancada serviu para dar moral pra equipe, e agora o Santos precisa para conseguir uma vaga na Libertadores.
Acha que o Santos tem condições de conquistar uma vaga na próxima Libertadores?
Oscilamos um pouco durante a temporada, mas a equipe tem tudo para chegar nesse G4. Já mostramos em com boas atuações em alguns jogos que isso é possível.
Por que acha que o Peixe ainda não conseguiu chegar ao G4?
Tivemos uma reformulação, oscilamos em algumas partidas. Mas não é só a gente que teve oscilação no campeonato, outras equipes também tiveram. Agora, a gente pretende achar um equilíbrio para conseguir vários resultados bons em sequência.
Se perder para o Náutico, acredita que ainda terá chances de brigar por uma vaga?
Cada resultado negativo tira cada vez mais as esperanças, porque o pelotão da frente vai se distanciando. Nessa fase, o campeonato vai afunilando e temos de ganhar. Um empate às vezes é bom por conta dos outros resultados, mas temos de vencer.