Técnico Claudinei Oliveira, em treino do Santos
(Foto: Ivan Storti / Santos FC)
Claudinei Oliveira é um cara de personalidade. Nas entrevistas coletivas no CT Rei Pelé, sempre demonstra firmeza e decisão para defender seus pontos de vista. Mas isso não quer dizer que o técnico do Santos é intransigente. A capacidade de repensar suas convicções, aliás, foi responsável por tornar a defesa alvinegra a segunda menos vazada do Campeonato Brasileiro.
O divisor de águas para a revisão de algumas ideias foi a derrota por 8 a 0 para o Barcelona, pelo Troféu Joan Gamper, no início de agosto.
- Eu repensei. Não posso ser escravo das minhas convicções. No sub-20, jogávamos sem volantes, mas o nosso nível era bem superior aos outros times. Vi que nossa equipe é boa, mas não poderia abrir mão da defesa. Passamos a proteger mais os zagueiros - explica o treinador.
Nos últimos jogos, o que o torcedor alvinegro tem visto é um time que se defende com uma dedicação acima do normal. A promoção de Alison ao posto de titular e o retorno de Renê Júnior após lesão também contribuíram para o crescimento do desempenho defensivo do Peixe. Os números não mentem: nos últimos cinco jogos no Brasileirão, a equipe sofreu apenas um gol.
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Mas engana-se quem acredita que a melhora no sistema defensivo do Santos passa apenas pelo reforço da marcação no meio. Segundo Claudinei Oliveira, o auxílio dado pelos atacantes tem sido fundamental. Na vitória contra o Fluminense, no último sábado, Everton Costa foi um exemplo claro disso: um guerreiro na defesa e um tormento para a defesa tricolor no ataque.
- Você vê os jogos europeus e são dez jogadores atrás da linha da bola. Não adianta querer fazer diferente. Para jogarmos, precisamos da bola. Pedimos comprometimento a todos. Já era bom e melhorou. Mudou a forma de jogar e a cobrança. Jogamos com dois meias e dois volantes contra o Fluminense e deu certo. É mérito deles - elogia.
Na quarta-feira, a defesa do Santos terá mais um importante teste pela frente. No Estádio Durival de Brito, em Curitiba, o Peixe encara o Atlético-PR, dono do segundo melhor ataque do Brasileirão. Caso vença, o Alvinegro fica mais perto do G-4.