quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Se quiser Pacaembu, Peixe precisará bancar obra de R$ 300 milhões


A Prefeitura de São Paulo vai abrir licitação nos próximos meses para ceder a concessão de serviços do Pacaembu para algum clube, e o Santos é um dos interessados no estádio. Os santistas entendem que, se forem autorizados pelo poder público, poderão fazer do local a sonhada arena multiuso. No entanto, terão de buscar um parceiro para fazer uma reforma de, no mínimo, R$ 300 milhões.


O secretário de esportes de São Paulo, Celso Jatene, enviou um estudo para o prefeito Fernando Haddad, no qual aponta que a concessão de serviços terá de obedecer a alguns pontos, como: manutenção da fachada, pois trata-se de um patrimônio público; concessão temporária, e não privatização; e reforma de modernização do estádio, o que não sairia por menos de R$ 300 milhões. O vencedor da licitação também terá de devolver o clube anexo ao estádio para a Prefeitura, após a reforma.


torcida do Santos chegando ao Pacaembu para a final da Libertadores (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Tocedores do Santos em frente a entrada principal do Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli)


Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Esportes de São Paulo, o interessado em obter a concessão do serviço será o responsável por buscar um parceiro para bancar a obra. A OAS/Arena, braço da empreiteira OAS, que construiu a Arena Fonte Nova (em Salvador), a Arena Dunas (em Natal), o Engenhão (no Rio de Janeiro) e a Arena Grêmio (em Porto Alegre), mantém conversas com o Santos.


O presidente em exercício do Peixe, Odílio Rodrigues, não confirma a conversa com a OAS, mas admite o interesse no Pacaembu, principalmente depois que os dois estudos sobre uma arena multiuso na Baixada Santista não tiveram apresentado o resultado esperado.



– Não dá para um time grande como o Santos não ter uma arena. É uma receita importante. Lida com matchday (dia do jogo), que é oferecer conforto, serviços diferentes para o público, antes e depois de um jogo. Trabalhamos com possibilidade de uma arena na Baixada, e também apareceu essa opção do Pacaembu, que o Santos acha interessante. O Pacaembu é bem localizado, e o clube tem muita torcida em São Paulo e no interior do Estado – afirma Odílio Rodrigues.


O santista, no entanto, ressalta que vários aspectos precisam ser esclarecidos. No momento, Corinthians e Palmeiras são os times que mais utilizam o estádio. Porém, a partir do ano que vem, ambos passarão a atuar nas suas respectivas arenas.


– Precisamos ter muita cautela, entender que é um bem público e respeitar a decisão da Prefeitura. O Pacaembu tem a prática do futebol, mas há uma série condições, níveis de proteção a serem obedecidos, entorno residencial a ser levado em conta, as reivindicações de moradores... Uma série de condições. Precisamos saber o que será feito do Pacaembu. Se pretendem transformar em arena ou continuar como estádio, de que forma será isso. Depende da Prefeitura – explica Odílio.