terça-feira, 17 de setembro de 2013

Odílio Rodrigues afirma que pai teria dado prazo para saída de Neymar do Santos


"Meu filho não fica um minuto além de 2014", foi o que, segundo Odílio, o pai teria dito nas conversas sobre a saída do craque


O atual presidente do Santos, Odílio Rodrigues, comentou sobre como foi conduzida a saída de Neymar do Peixe para o Barcelona.

Segundo o dirigente, o pai do atleta teria dado um prazo para o craque sair do clube santista. O camisa 11 tinha contrato com o alvinegro praiano até julho de 2014 e a partir de janeiro já poderia assinar um pré-contrato para sair de graça.


Odílio afirmou que a venda somente foi concretizada após Neymar (pai) ter pressionado o Santos para que tudo fosse resolvido até o início da Copa das Confederações.


Em entrevista à Folha de S.Paulo, o mandatário revelou que o clube cedeu para ter o retorno financeiro pela negociação.


"Nenhum clube está preparado para perder um ídolo. Nós tínhamos um prazo para vendê-lo, colocado pelo pai, que era até o início da Copa das Confederações [15 de junho]. Se não fosse vendido, ele ficaria e, em janeiro, assinaria pré-contrato [com outro clube]. O Santos ficaria sem retorno. Neymar vivia um momento difícil, com vaias e resultados ruins. Apareceram duas propostas [Barcelona e Real Madrid] e escolhemos a melhor para o Santos", disse o dirigente.


Questionado sobre o impacto da saída de Neymar, Odílio ressaltou.


"Teve impacto na autoestima da torcida, na qualidade do futebol do time, nos jogadores que querem vir para o Santos. Passamos dois meses tentando renovar até 2016, mas o pai disse: 'Meu filho não fica um minuto além de 2014'. Teve consequência, mas o Santos já lidou com a perda de Pelé e outros ídolos."


"Mesmo com Neymar, ficamos sem patrocínio máster. O Santos perdeu R$ 22 milhões com a ausência de uma marca no peito da camisa e outra na manga. Vendemos três atletas [Rafael, Felipe Anderson e Neymar] para ter renda. A torcida pensa que estamos com dinheiro e não estamos", revelou o presidente.


Por fim, o atual presidente do Peixe contou como anda o planejamento para uma nova Arena.


"A arena é uma parte importante na receita. Há uma complicação: fazer na Baixada ou aproveitar o Pacaembu em São Paulo. Os estudos sobre uma arena na Baixada mostram que teria um retorno mais baixo, com dificuldade de atrair investidores. Temos interesse no Pacaembu. O vínculo é com Santos, mas o clube é maior, ultrapassou os limites da cidade e tem de estar próximo da numerosa torcida que possui na capital."